Os Jesuítas, Francisco Frias de Mesquita, Gregório de Magalhães e Euzébio de Matos foram alguns dos principais artistas da arte colonial brasileira. Conheça mais sobre eles!
Tendo início no ano em que os portugueses chegaram no Brasil e término em 1822, mas deixando um legado até hoje, a arte colonial brasileira, que se refere a todas as representações artísticas que ocorreram no período em que o Brasil ainda era colônia de Portugal, influenciou arquiteturas, esculturas, pinturas e desenhos que inspirou muitos artistas a criarem obras incríveis que estão expostas até os dias atuais.
No post de hoje da Oficina de Agosto, te mostraremos quais são os principais artistas da arte colonial brasileira, suas principais obras e quais são os legados que elas deixaram na nossa história. Continue lendo o post e confira!
Jesuítas
Vindo para terras tupiniquins converter os nativos, a companhia de Jesus, também conhecida como Jesuítas, ajudou bastante a difundir a arte pelo território nacional, principalmente em obras arquitetônicas.
Para o poder da igreja ser ampliado, eles realizaram construções que iam desde templos à colégios que não ficaram somente na cidade em que eles atracaram, mas por todo o país, como a igreja do mosteiro de São Bento, localizada na cidade do Rio de Janeiro.
Francisco Frias de Mesquita
Um grande destaque da arte colonial brasileira, sem dúvida, foi a arquitetura. Arquitetos do mundo inteiro que chegavam ao novo mundo, eram contratados para algumas obras. Um deles, Francisco Frias de Mesquita.
Engenheiro militar e arquiteto português, no ano de 1603, durante a dinastia Filipana (1580-1640), ele foi nomeado como engenheiro-mor do Brasil e, em solo tupiniquim, construiu diversos projetos, desde fortificações a outros edifícios, e voltou para Portugal no ano de 1635.
Dentre suas principais obras estão:
- Forte dos Reis Magos (que fica em Natal, Rio Grande do Norte);
- Forte do Mar (localizado em Salvador, Bahia);
- Forte de São Diogo (Salvador, Bahia);
- Dentre outros.
Gregório de Magalhães
Como citado acima, muitas das obras da arte colonial brasileira foram criadas por Jesuítas. Um desses grandes arquitetos foi Gregório de Magalhães, que criou lindas arquiteturas, como a Igreja e Abadia de Nossa Senhora da Graça.
Localizada no bairro Graça, em Salvador, no estado da Bahia, foi erguida em 1645 em devoção da índia Catarina de Paraguaçu, que foi esposa do português Diogo Álvares, o Caramuru.
Dizia ela que havia tido visões da Virgem Maria pedindo que ali onde ela morava, um lugar antes conhecido como Villa Velha, deveria ser construído uma capela.
Erguida sobre pedras e Tijolos, construída ao redor de um claustro, ocupando a igreja um dos seus lados, ela também é conhecida por alguns sendo a igreja mais antiga do Brasil, mas, segundo o IPHAN, o templo mais antigo do catolicismo no país é a igreja dos santos Cosme e Damião, em Igarassu, na cidade de Pernambuco.
Euzébio de Matos
Nascido em Salvador, Euzébio de Matos foi um poeta, orador e pintor brasileiro, um dos nomes mais importantes do Brasil colônia. Irmão de Gregório de Matos (também poeta da época), Euzébio atuou entre os anos de 1629 e 1692, vindo a ser fundador da escola baiana de pintura.
Sendo aparentemente aluno dos pintores da comitiva de Maurício de Nassau, ele também é autor da obra “São Pedro Arrependido”, que até a década de 40 era encontrada na capela do Eremitério Benedito da Ponte do Monteserrat, que fica localizada no bairro de Itapagipe, em Salvador, na Bahia.
Além desses, a arte colonial brasileira teve diversos outros artistas famosos, desde pintores e arquitetos até escultores, como Aleijadinho e Mestre Ataíde, por exemplo, que foram grandes nomes do estilo Barroco no país.
Equipe Oficina de Agosto