Iniciado em 1500 e terminando no grito da independência, em 1822, a arte colonial brasileira inspira muitos artistas até hoje. Descubra mais sobre ela!
Desde antes de os portugueses pisarem em solo brasileiro, nosso país sempre foi rico em arte e diversidade cultural. Cada tribo, em cada parte do Brasil, tinha suas próprias tradições, ritos e danças. Com a chegada de Pedro Álvares Cabral nas terras de Porto Seguro, em 24 de abril de 1500, houve um grande choque cultural entre os europeus e os nativos.
Com o tempo, a convivência entre culturas distintas, foi criando novas tradições. O período colonial e o posterior a ele, foram de grande importância para o surgimento de novas manifestações artísticas no país.
Novas expressões da arte sacra foram surgindo, criando grandes nomes como Aleijadinho. Deu início ao movimento barroco no Brasil e também iniciou o que chamamos de arte colonial, que durou desde a chegada deles em solo nacional até o grito de independência, às margens do rio Ipiranga.
No post de hoje da Oficina de agosto, falaremos um pouco mais sobre essa manifestação artística e quais foram e são as grandes influências dela nos dias de hoje. Continue lendo o post e confira!
O que é arte colonial Brasileira?
Indo de 1500 até o ano de 1822, a arte colonial brasileira engloba diversas manifestações artísticas que surgiram com o tempo, mas que foram realizadas dentro desse período. Um dos maiores legados que ela deixou no país pode ser visto nas arquiteturas, desenhos, pinturas e esculturas.
Na arquitetura, por exemplo, podemos destacar as primeiras casas que foram construídas. Elas eram bastante simples, feitas de taipa ou madeira e coberta por palhas. Com o passar dos anos, nas pequenas vilas e bairros construídos pelos portugueses, começaram a aparecer as primeiras capelas.
Os templos religiosos eram caracterizados por um estilo conhecido como maneirismo, que surgiu na Europa e se desenvolveu entre os anos de 1515 e 1600, e eram bastante conhecidos pelas fachadas geométricas, janelas simples e quase nenhuma decoração.
Foi nessa época também que deu início ao movimento barroco no nosso país. No começo, ele trazia muito da influência europeia no seu estilo, principalmente em arquiteturas religiosas, mas aos poucos, foram ganhando suas próprias características em cada região do Brasil.
As igrejas, tinham grande destaque no seu interior. Composta por anjos, pássaros, cachos de uvas e flores tropicais, além de esculturas de sabão, madeira e pedra, elas tinham uma decoração que encanta até hoje. Puramente ligada a arte religiosa, essa manifestação artística também serviu para a disseminação do cristianismo e a doutrinação da igreja católica no Brasil.
Nas esculturas desse período, podemos evidenciar o quão as características estavam se afastando do barroco europeu, onde elas possuíam pouca ou nenhuma proximidade com ele.
Aqui, grandes personalidades como Aleijadinho, Mestre Ataíde, dentre outros, ganharam grandes destaques. Nascidos no estado de Minas Gerais, suas obras de arte eram de cunhos religiosos, com características cristãs e eram feitas em madeiras e pedra-sabão, tendo também em sua composição coroas de prata e ouro, cabelos reais, vestimentas com tecidos, olhos de vidro e dentes de Marfim, tendo obras famosas como “O carregamento da cruz” e “Assunção a virgem”.
Outros artistas que se destacam bastante com as artes coloniais brasileiras, com grandes obras da manifestação sacra foram Francisco Xavier de Brito e Manuel de brito, com grandes projetos realizados em igrejas, como a da ordem terceira de São Francisco da Penitência.
As manifestações artísticas que estiveram presentes nessa época inspiraram e inspiram diversos artistas até hoje, estando presente em lindíssimas decorações de casas que unem o moderno ao clássico. Adquira já a obra de arte que remete a esse período para o seu lar na Oficina de agosto!
Equipe Oficina de Agosto